MySql
Triggers
No artigo de hoje, daremos uma introdução sobre o que é TRIGGER (gatilho, disparo), e mostraremos alguns exemplos para que você entenda como funciona na prática.
Muitos desenvolvedores dizem que eles são boas práticas dentro de Bancos de Bados.
Existem várias maneiras de tratarmos ou nos dirigirmos a esse tipo de implementação. Podemos chamar de TRIGGER, gatilhos ou disparadores. No artigo de hoje, usarei o termo mais conhecido entre administradores de Banco de Dados, TRIGGER.
O que são TRIGGERS;
Um trigger é um tipo especial de procedimento armazenado, que é executado sempre que há uma tentativa de modificar os dados de uma tabela que é protegida por ele.
Associados a uma tabela
Os TRIGGERS são definidos em uma tabela específica, que é denominada tabela de TRIGGERS;
Chamados Automaticamente
Quando há uma tentativa de inserir, atualizar ou excluir os dados em uma tabela, e um TRIGGER tiver sido definido na tabela para essa ação específica, ele será executado automaticamente, não podendo nunca ser ignorado.
É parte de uma transação
O TRIGGER e a instrução que o aciona são tratados como uma única transação, que poderá ser revertida em qualquer ponto do procedimento, caso você queria usar “ROLLBACK”, conceitos que veremos mais à frente.
Usos e aplicabilidade dos TRIGGERS
- Impor uma integridade de dados mais complexa do que uma restrição CHECK;
- Definir mensagens de erro personalizadas;
- Manter dados desnormalizados;
- Comparar a consistência dos dados – posterior e anterior – de uma instrução UPDATE;
Os TRIGGERS são usados com enorme eficiência para impor e manter integridade referencial de baixo nível, e não para retornar resultados de consultas. A principal vantagem é que eles podem conter uma lógica de processamento complexa.
Você pode usar TRIGGERS para atualizações e exclusões em cascata através de tabelas relacionadas em um banco de dados, impor integridades mais complexas do que uma restrição CHECK, definir mensagens de erro personalizadas, manter dados desnormalizados e fazer comparações dos momentos anteriores e posteriores a uma transação.
Quando queremos efetuar transações em cascata, por exemplo, um TRIGGER de exclusão na tabela CLIENTE do banco de dados Northwind pode excluir os registros correspondentes em outras tabelas que possuem registros com os mesmos valores de ID_CLIENTE excluídos para que não haja quebra na integridade, como a dito popular “pai pode não ter filhos, mas filhos sem um pai é raro”.
Você pode utilizar os TRIGGERS para impor integridade referencial da seguinte maneira:
- Executando uma ação ou atualizações e exclusões em cascata:
A integridade referencial pode ser definida através do uso das restrições FOREIGN KEY e REFERENCE, com a instrução CREATE TABLE. Os TRIGGERS fazem bem o trabalho de checagem de violações e garantem que haja coerência de acordo com a sua regra de negócios. Se você exclui um cliente, de certo, você terá que excluir também todo o seu histórico de movimentações. Não seria boa coisa se somente uma parte desta transação acontecesse.
Quando mais de um registro for atualizado, inserido ou excluído, você deve implementar um TRIGGER para manipular vários registros.
Criando Triggers
As TRIGGERS são criadas utilizando a instrução CREATE TRIGGER que especifica a tabela onde ela atuará, para que tipo de ação ele irá disparar suas ações seguido pela instrução de conferência para disparo da ação.
E meio a esses comandos, temos algumas restrições para o bom funcionamento. O SQL Server não permite que as instruções a seguir, sejam utilizadas na definição de uma TRIGGER:
- ALTER DATABASE
- CREATE DATABASE
- DISKINIT
- DISKRESIZE
- DROP DATABASE
- LOAD DATABASE
- LOAD LOG
- RECONFIGURE
- REATORE DATABASE
- RESTORELOG.
Como funcionam Triggers
- Como funciona um TRIGGER INSERT
Quando incluímos, excluímos ao alteramos algum registro em um banco de dados, são criadas tabelas temporárias que passam a conter os registros excluídos, inseridos e também o antes e depois de uma atualização.
Quando você exclui um determinado registro de uma tabela, na verdade você estará apagando a referência desse registro, que ficará, após o DELETE, numa tabela temporária de nome DELETED. Um TRIGGER implementado com uma instrução SELECT poderá lhe trazer todos ou um número de registro que foram excluídos.
Assim como acontece com DELETE, também ocorrerá com inserções em tabelas, podendo obter os dados ou o número de linhas afetadas buscando na tabela INSERTED.
Já no UPDATE ou atualização de registros em uma tabela, temos uma variação e uma concatenação para verificar o antes e o depois.
De fato, quando executamos uma instrução UPDATE, a “engine” de qualquer banco de dados tem um trabalho semelhante, primeiro exclui os dados tupla e posteriormente faz a inserção do novo registro que ocupará aquela posição na tabela, ou seja, um DELETE seguido por um INSERT. Quando então, há uma atualização, podemos buscar o antes e o depois, pois o antes estará na tabela DELETED e o depois estará na tabela INSERTED.
Nada nos impede de retornar dados das tabelas temporárias (INSERTED, DELETED) de volta às tabelas de nosso banco de dados, mas atente-se, os dados manipulados são temporários assim como as tabelas e só estarão disponíveis nesta conexão. Após fechar, as tabelas e os dados não serão mais acessíveis.
Trigger INSERT
De acordo com a sua vontade, um TRIGGER por lhe enviar mensagens de erro ou sucesso, de acordo com as transações. Estas mensagens podem ser definidas em meio a um TRIGGER utilizando condicionais PRINT sua mensagem personalizada. Por exemplo, vamos criar uma tabela chamada <b mso-bidi-font-weight:="" "="" style="-webkit-tap-highlight-color: transparent;">tbl_usuario, com a qual simularemos um cadastro de usuários que você também poderá criar para fazer os seus testes. A cada inserção de novo usuário, podemos exibir uma mensagem personalizada de sucesso na inserção.
DELIMITER // CREATE TRIGGER msgSucess ON tbl_usuario FOR INSERT AS IF (SELECT COUNT (*) FROM INSERTED) = 1 PRINT ‘O foi inserido com sucesso’ GO // DELIMITER;
Assim que começarmos a pular nossa tabela Existem várias outras abordagens para o uso de TRIGGERS com INSERTS, por exemplo, quando se faz um controle de entrada e saídas de produtos, podemos ter um TRIGGER executando a baixa dos produtos no estoque (entrada) diante daqueles que foram solicitados num pedido (saída). O TRIGGER pode automatizar essa rotina.
Utilizando da mesma lógica pode ser feito para DELETE e UPDATE. Outro exemplo de Trigger:
DROP TRIGGER IF EXISTS `grava_log_atualizacao`; DELIMITER // CREATE TRIGGER `grava_log_atualizacao` AFTER UPDATE ON `classes` FOR EACH ROW INSERT INTO log_update_classe(data, descricao, oquefez,quemfez) VALUES(NOW(),'Atualizacao da classe', CONCAT('Atualizou a classe: ',old.tipoClasse),@login) // DELIMITER ;
Apagando uma Trigger
Caso você queira apagar um TRIGGER do banco de dados, utilize DROP TRIGGER mais o nome do TRIGGER que deseja apagar.
DROP TRIGGER nomeDaTrigger;
DICAS
- Utilize TRIGGER somente quando necessário.
- Quando for utilizar, que ele seja o mais simples possível.
- TRIGGERS não tem um bom suporte a muitas transações.
- Dependendo de como forem definidas, podem originar problemas com performances.
- Minimize o quanto puder instruções ROLLBACK em TRIGGERS.
Dúvidas críticas ou sugestões comentem abaixo, e bons estudos!!!
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